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A dor torácica é um dos sintomas que mais levam pacientes aos prontos-socorros e clínicas de diagnóstico. Associada a problemas cardíacos, ela gera preocupação tanto por parte dos pacientes quanto dos profissionais de saúde.
No entanto, uma parcela significativa desses casos tem origem não cardíaca, ou seja, o coração não é a causa do desconforto. Nessas situações, o papel do diagnóstico por imagem se torna essencial para identificar rapidamente a origem da dor. Além de evitar tratamentos desnecessários ou atrasos no cuidado correto.
Seja por questões pulmonares, musculoesqueléticas, gastrointestinais ou até psicológicas, a dor no peito pode ter muitas causas. E saber diferenciá-las é fundamental para definir a conduta adequada.
O uso de exames de imagem, como radiografias, tomografias e ressonâncias magnéticas, permite uma avaliação detalhada da anatomia do tórax e dos órgãos que o compõem, ajudando a excluir doenças graves e a direcionar o paciente para o especialista certo.
Neste artigo, falaremos mais sobre esse tema, mostrando quais doenças podem estar relacionadas a esta dor. Para saber mais, continue a leitura!
Quando falamos em dor torácica, a primeira hipótese a ser descartada é o infarto agudo do miocárdio ou outras doenças isquêmicas do coração. Porém, uma vez que essas condições são excluídas, por exames como eletrocardiograma, dosagem de enzimas cardíacas e ecocardiograma, o desafio passa a ser entender o que está provocando o sintoma.
Entre as causas mais comuns de dor torácica não cardíaca, estão:
Doenças do sistema respiratório, como pneumonia, embolia pulmonar ou pneumotórax;
Distúrbios gastrointestinais, como refluxo gastroesofágico ou espasmos esofágicos;
Alterações musculoesqueléticas, como costocondrite ou fraturas de costelas;
Transtornos de ansiedade ou crises de pânico, que podem causar sensação de aperto no peito.
Apesar de não envolverem o coração, muitas dessas condições podem ser potencialmente graves, e seu diagnóstico depende de uma investigação cuidadosa, na qual os exames de imagem são aliados valiosos.
Veja quais exames de imagem podem contribuir com o diagnóstico:
A radiografia (ou raio-X) de tórax é geralmente o primeiro exame solicitado quando se suspeita de uma causa não cardíaca para a dor torácica. Ela é rápida, acessível e fornece informações iniciais importantes. Com ela, é possível identificar: pneumonia e outras infecções pulmonares, presença de ar fora do pulmão, fraturas em costelas, alterações ósseas, aumento do mediastino, entre outros.
Embora limitada na resolução de tecidos moles, a radiografia serve como triagem para decidir se exames mais complexos serão necessários.
Já a tomografia computadorizada (TC) de tórax tem um papel essencial na avaliação detalhada da dor torácica quando há suspeita de causas pulmonares, vasculares ou estruturais mais complexas.
Sua grande vantagem é a capacidade de gerar imagens em alta definição e em cortes transversais, o que facilita a visualização de estruturas internas com precisão.
A TC é especialmente útil em situações como:
Suspeita de embolia pulmonar, uma condição grave em que coágulos sanguíneos bloqueiam artérias nos pulmões;
Avaliação de tumores, nódulos ou massas mediastinais;
Identificação de doenças pulmonares intersticiais ou inflamatórias crônicas;
Investigação de dissecção de aorta, que pode causar dor intensa e ser confundida com causas cardíacas.
Em muitos casos, o exame é feito com contraste iodado para realçar os vasos sanguíneos e permitir um diagnóstico mais preciso.
A ressonância magnética (RM) do tórax, embora menos utilizada em situações de urgência, pode ser indicada em casos específicos de dor torácica persistente ou de difícil diagnóstico. A grande vantagem da RM é a capacidade de avaliar tecidos moles com alto grau de definição, sem o uso de radiação ionizante.
Um ponto importante é que a RM é essencial para avaliação de alterações musculares, inflamações da parede torácica, diagnóstico de tumores em tecidos moles, estudo de anomalias congênitas do tórax, investigação da dor torácica, entre outros.
Além disso, em centros especializados, é possível realizar ressonância cardíaca funcional para avaliar movimentações e inflamações no próprio músculo cardíaco, quando há dúvida entre origem cardíaca e não cardíaca.
[caption id="attachment_8710" align="aligncenter" width="1800"] Exames de imagem auxiliam na diferenciação das causas de dor torácica com precisão e agilidade.[/caption]
Embora não seja o exame de primeira linha para dor torácica, a ultrassonografia pode ser útil em situações específicas. Por exemplo, ela pode ajudar a detectar um derrame pleural, inflamações musculares, abcessos, hérnias diafragmáticas, alterações na parede abdominal, entre outros.
Vale destacar que a grande vantagem da ultrassonografia é a possibilidade de ser feita à beira do leito e com custo mais acessível.
A principal vantagem do diagnóstico por imagem em casos de dor torácica não cardíaca é a capacidade de excluir rapidamente causas graves.
Ademais, isso tranquiliza o paciente, diminui a ansiedade, reduz internações desnecessárias e ainda permite que o profissional de saúde direcione o tratamento de forma mais assertiva.
Além disso, ao oferecer um diagnóstico mais claro, a imagem contribui para evitar o uso excessivo de medicações ou intervenções invasivas que poderiam ser desnecessárias.
Por exemplo, em vez de seguir protocolos complexos para dor cardíaca, um paciente com dor intensa no peito causada por uma inflamação na cartilagem da costela, a chamada costocondrite pode receber um tratamento simples e eficaz logo após o diagnóstico.
Com isso, evita-se não apenas o desconforto, mas também gastos e procedimentos que não trariam benefícios reais naquele contexto.
Outro ponto relevante é o impacto emocional: ao visualizar as imagens e compreender a origem da dor, o paciente se sente mais seguro, acolhido e confiante na conduta médica.
A dor torácica não cardíaca é um desafio comum na prática clínica, mas que pode ser enfrentado com mais segurança e eficácia com o apoio do diagnóstico por imagem. Além disso, a dor pode ser identificada com rapidez, ajudando a salvar vidas, evitar complicações e melhorar a experiência do paciente.
Cada caso exige avaliação individualizada, mas contar com exames como radiografia, tomografia, ressonância e ultrassonografia amplia a capacidade do profissional de saúde de agir com precisão, transformando o cuidado em algo mais eficiente, resolutivo e humano.
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